Projeto BioBrasil
Projeto BioBrasil foi iniciado em 2002 pelo Centre for Research and Conservation, o centro de pesquisa da Sociedade Zoológica de Antuérpia. O SZA é uma instituição zoológica com longa tradição de compromisso com a conservação do mico-leão-de-cara-dourada. Como responsável pelo manejo da população mundial (international studbook keeper) ela é responsável pela gestão do programa de manejo em cativeiro, e também participou de planejamento de conservação para a espécies in situ.
Em setembro de 2002, com intuito de incrementar seu papel na conservação do mico-leão-de-cara-dourada in-situ, o CRC-RZSA iniciou Projeto BioBrasil, um projeto de pesquisa em conservação na Bahia, Brasil. O objetivo do Projeto BioBrasil é contribuir para a sobrevivência ao longo prazo dos mico-leão-de-cara-dourada, contribuindo para a elaboração e implementação de uma estratégia de conservação com base em informações científicas sólidas, garantindo a participação de organizações e ´stakeholders´ relevantes. Com menos de 2% das florestas na área de distribuição protegidas, a maioria das populações selvagens de micos-leões-da-cara-dourada residem em áreas não protegidas, em propriedades particulares. Garantir a sobrevivência ao longo prazo das populações da espécie só será possível através de colaboração com e participação das comunidades locais, e exige a elaboração de estratégias de manejo sustentável da paisagem compatíveis com a persistência das populações selvagens de micos-leões, respeitando as necessidades das comunidades locais.
A principal contribuição do Projeto é a pesquisa aplicada de conservação, focando na questão de entender como a degradação e fragmentação do habitat afetam grupos de micos-leões-da-cara-dourada, e obter informações básicas essenciais para o desenvolvimento de um programa de conservação e pesquisa. Projeto BioBrasil mantém um programa de pesquisa multidisciplinar com foco em lacunas de conhecimento relevantes para a conservação dos micos-leões-da-cara-dourada, e também atua para apoiar ações que promovam planejamento da conservação com base em dados científicos, aumentam o envolvimento de ´stakeholders´ relevantes, e trabalhos na área de sensibilização e capacitação das comunidades locais para participação no processo de conservação.
De 2002 a 2010, a equipe de campo trabalhou em uma área de estudo degradada dentro da Reserva Biológica de Una, Bahia, Brasil. Desde 2013, as atividades de campo concentram-se em fragmentos numa matriz de uso agrícola fora de áreas protegidas.
Coordenação:
Dra Kristel De VleeschouwerInstituições Envolvidas
- Centre Research and Conservation
- The Mohamed bin Zayed Species Conservation Fund